11 de janeiro de 2013

É que, enquanto não conseguirmos nos desprender totalmente do passado, nenhuma opção de futuro será boa o bastante
Quando a possibilidade de perda - e quando eu digo perda, é no sentido mais forte que essa palavra possa ter - nos parece tão próxima, passamos a valorizar muito mais as coisas simples.
Eu nunca acho bons finais para os meus textos, acredito que isso se deve pelo fato de que detesto finais. Todos eles. Felizes ou não. Embora saiba que nada é eterno, e que por muitas vezes faz-se necessário encerrar ciclos, livrar-se de certos fardos, dizer adeus sempre me dói. Por isso na maioria das vezes, por medo, saudade ou puro comodismo, acabo trocando os temidos pontos finais por virgulas que me parecem bem mais suaves, porém essas, só me complicam a vida. Ou então coloco pontos finais demais, como fiz com a gente, e transformo tudo em reticências pra me livrar do peso e/ou da dor do fim mas me machuco ainda mais. Viu só? To fazendo de novo, mais um texto sem final, mais um texto que acaba em nós, mais um texto sem você.
As coisas pareciam estarem entrando nos eixos. Meu coração havia encontrando a paz. Você apareceu. E como quem nada quer bagunçou tudo outra vez. Me peguei sorrindo como tola ao lembrar do seu olhar pra mim naquela manhã de segunda. Suas mãos nas minhas.Seu sorriso deslumbrante. Não! Por favor, não cometa o erro de se apaixonar por mim, eu sempre fujo quando isso acontece, puro medo, eu confesso. Embora eu não queira fugir dessa vez. 

9 de janeiro de 2013


Olá moço, como vão as coisas por aí?
Te escrevo pra dizer que tenho pensando em você, digo, tenho pensado muito em você, até com mais frequência gostaria.
Dia desses passei pela rua em que lhe conheci naquela noite fria de dezembro, refiz todos os nossos passos, e, como um filme - desses que a gente não sabe se é drama, romance ou comédia - flashes de nós me atingiam como meteoros em pensamento.
Te procurei em cada esquina daquela rua. Vi teu rosto no rapaz com a barba por fazer perto de uma sorveteria; Vi teu jeito de andar, no guri de flanela azul que ia em direção a beira-mar; Vi a tua risada no menino que jogava bola no meio da rua, mas [in]felizmente nenhum deles era você.
Sabe moço tem alguns rapazes por aí tentando me vencer. Dou risada com uns, troco uma ideia com outros, e confesso que até tenho me encantado bastante por um cabeludo que possui um sorriso deslumbrante. Mas desde que você se foi, conseguir fazer-me apaixonar não tem sido tarefa fácil. Ah, moço, eu espero que algum não desista de mim antes de conseguir vencer esse muro invisível que eu mesma criei, por pura proteção, e me faça sentir o amor novamente.
Eu tenho tentando seguir em frente já que sei que somos uma espécie de julieta-e-romeu, e que nossa felicidade encontra-se em caminhos opostos.
Quem diria hein moço eu que sempre fui “durona” e fugi quando me dissestes aquelas três palavras que muita gente espera ansiosamente ouvir de alguém, estou aqui agora tirando a armadura e me deixando ser vencida.
Não, não pense que isso é mais uma daquelas cartas de amor ou recomeço que te escrevi, é só um desabado de quem contraditoriamente tem o coração quase explodindo.
Se cuida por aí!
“Toda minha saudade e o meu amor de sempre.”

Giane L.

26 de dezembro de 2011


Já eram 3h da manhã quando escutou seu celular tocar. Estava na cama, mas não dormia. Em um primeiro instante não pensou em ver quem era, achou que era a companhia telefônica enviando aquelas mensagens chatas novamente. Depois pensou nele e resolveu olhar. E lá estava: “Nova mensagem”. Era dele, dizendo que pensava nela. Ela sabia que deveria ficar feliz por isso, mas não. Eles não podiam ficar juntos. Todos sabiam. Então porque ele continuava fazendo isso com a garota? Porque mandava mensagens no meio na noite? Ele não queria vê-la mal, queria? Ambos sabiam que deveriam esquecer, seguir suas vidas. Mas ele não deixava isso acontecer. E nem ela queria. Tinham feito suas escolhas, e não escolheram um ao outro. Escolheram o futuro. E era isso. A história que nem havia começado direito precisava acabar ali
Sou quebra-cabeça de 500 mil peças, quem não tiver capacidade, tenta um jogo mais fácil. Eu supero e agradeço."

24 de dezembro de 2011

que seja doce!

Rever o passado olhar com olhos calmos pro meu presente e fazer o
possível para não ficar pensando no futuro – ao menos nesse futuro daqui
alguns anos que ninguém na verdade sabe se chegará -. Fecho os olhos e
começo a pedir. Não são coisas muito complicadas de serem atendidas. Ao
menos eu acho que não. Apenas me concentro em cada rosto que já conheci
até hoje e nos sentimentos que tenho por cada uma dessas pessoas. Que
não nos faltem bons sentimentos sejam no Natal ou em qualquer dia do Ano
Novo que se aproxima. Que nos falte egoísmo. Que nos sobre paciência
pra enfrentar mais trezentos e sessenta e cinco – ou seria trezentos e
sessenta e seis? – dias. Que sejamos capazes de enxergar algo de bom em
cada momento ruim que nos acontecer. Que não nos falte esperança. Que
novos amigos cheguem.Que antigos amigos sejam reencontrados.Que cada
caminho escolhido nos reserve boas surpresas. Que músicas de letras e
melodias bonitas nos façam suspirar.Que a cada sorriso que uma criança
der nos faça ter um bom dia e enxergar uma nova esperança. Que nos sobre
tempo para beber e conversar com os amigos. Que cada um de nós saiba
ouvir cada conselho dado por uma pessoa mais velha. Que não nos falte
vontade de sorrir apesar dos pesares. Que sejamos leves. Que sejamos
livres de preconceitos. Que nenhum de nós se esqueça da força que
possui. Que não nos falte fé e amor.

23 de dezembro de 2011

Anota
aí para seu futuro menina: desapegar das pessoas, se importar menos,
não se abalar por nada nem ninguém, correr atrás daquilo que faça seu
coração vibrar, ficar perto de quem te quer bem, correr atrás dos seus
sonhos, se amar mais, esquecer tudo aquilo que te faça mal. Anota aí:
cair na real.
“A verdade é que desde sempre foi complicado entender o que eu sinto, mas eu sempre tentei descrever em palavras para que, quem sabe alguém mais ou menos desocupado do que eu, pudesse entender por mim. A vida bateu na minha cara, muitos dias seguidos, sem poesia nenhuma que era pra me deixar sem vontade alguma de abrir os olhos. Só que os olhos são meus e cabe a mim saber até onde é bom enxergar, mesmo que sejam só coisas ruins que não vão me dar o sorrisinho que eu tenho que carregar todas as manhãs. Assim como tudo na vida, amores e amigos vêm e vão e, fico aqui perguntando baixinho, quem sou eu então pra decidir que os meus não deveriam ir? Não adianta mais prometer que será pra sempre. Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos. Eu não quero dor. Eu não quero olhar no espelho e ver você escorrer, manchando minha maquiagem. É pelo medo de cair de novo que meus joelhos tremem. Eu quero, no mínimo uma garantia. E eu só preciso me desfocar do sonho que me deixa míope e enxergar além, ou melhor: enxergar o que está na minha cara. Antes de dormir rezei, pedi a Deus que perdoe tanta ingratidão de minha parte, por não enxergar tudo de bom que a vida me oferece, e continuar aqui me lamentando e fazendo tudo por você.