9 de janeiro de 2013


Olá moço, como vão as coisas por aí?
Te escrevo pra dizer que tenho pensando em você, digo, tenho pensado muito em você, até com mais frequência gostaria.
Dia desses passei pela rua em que lhe conheci naquela noite fria de dezembro, refiz todos os nossos passos, e, como um filme - desses que a gente não sabe se é drama, romance ou comédia - flashes de nós me atingiam como meteoros em pensamento.
Te procurei em cada esquina daquela rua. Vi teu rosto no rapaz com a barba por fazer perto de uma sorveteria; Vi teu jeito de andar, no guri de flanela azul que ia em direção a beira-mar; Vi a tua risada no menino que jogava bola no meio da rua, mas [in]felizmente nenhum deles era você.
Sabe moço tem alguns rapazes por aí tentando me vencer. Dou risada com uns, troco uma ideia com outros, e confesso que até tenho me encantado bastante por um cabeludo que possui um sorriso deslumbrante. Mas desde que você se foi, conseguir fazer-me apaixonar não tem sido tarefa fácil. Ah, moço, eu espero que algum não desista de mim antes de conseguir vencer esse muro invisível que eu mesma criei, por pura proteção, e me faça sentir o amor novamente.
Eu tenho tentando seguir em frente já que sei que somos uma espécie de julieta-e-romeu, e que nossa felicidade encontra-se em caminhos opostos.
Quem diria hein moço eu que sempre fui “durona” e fugi quando me dissestes aquelas três palavras que muita gente espera ansiosamente ouvir de alguém, estou aqui agora tirando a armadura e me deixando ser vencida.
Não, não pense que isso é mais uma daquelas cartas de amor ou recomeço que te escrevi, é só um desabado de quem contraditoriamente tem o coração quase explodindo.
Se cuida por aí!
“Toda minha saudade e o meu amor de sempre.”

Giane L.

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